ETF de criptomoedas surge como alternativa para quem busca expor-se ao mercado digital sem lidar diretamente com wallets, e a pergunta que guia este post é: ETF de criptomoedas: vale a pena investir? Aqui explicamos, de maneira didática e técnica, como esse instrumento funciona, quais são seus benefícios e riscos.

O que é um ETF de criptomoedas?
Um ETF (Exchange Traded Fund) de criptomoedas é um fundo negociado em bolsa que replica o desempenho de um ou mais criptoativos, como bitcoin ou ethereum, permitindo investir de forma indireta e regulamentada. Funciona como uma ação: você compra e vende cotas pelo home broker, sem precisar guardar chaves privadas.
Como funciona o ETF de criptomoedas?
- À vista (spot): o fundo compra diretamente a criptomoeda e a mantém em custódia — normalmente em cold storage —, refletindo fielmente seu preço.
- Futuros: replicam contratos futuros, o que pode gerar desvio entre rendimento do ativo e do ETF.
Quais ETFs de criptomoedas estão na B3?
Na bolsa brasileira já existem diversos produtos listados:
- HASH11 – cesta de criptoativos pelo Nasdaq Crypto Index.
- QBTC11 – replicando bitcoin via índice CME.
- QETH11 – exposição exclusiva a ethereum.
- BITH11 e ETHE11 – ETFs monocripto também da Hashdex.
- BITI11 – ligado ao Bloomberg Galaxy Bitcoin Index.
Vantagens do investidor
- Regulação e segurança: ETFs seguem regras da CVM e B3, o que traz transparência e proteção jurídica.
- Simplicidade operacional: não é preciso lidar com carteiras digitais ou custódia direta.
- Diversificação: especialmente em ETFs de cesta, o risco individual da cripto é diluído.
- Credibilidade institucional: aprovação dos ETFs spot nos EUA atraiu grandes players como BlackRock e Fidelity.
Principais riscos e custos
- Taxas de administração: podem ser mais altas do que ETFs tradicionais, já que cobrem custódia segura.
- Volatilidade: apesar da gestão facilitada, os preços ainda refletem oscilações intensas dos criptoativos.
- Tracking error: ETFs de futuros podem apresentar diferença entre cotação do fundo e do cripto.
- Falhas de liquidez: para ETFs mais novos ou menos negociados, pode haver dificuldade para comprar ou vender rapidamente.
ETF de criptomoedas vale a pena?
Se você tem perfil arrojado e quer exposição regulada a ativos digitais sem se preocupar com segurança e custódia própria, um ETF pode fazer sentido. Especialistas recomendam alocar uma pequena fatia (como 1–2%) do portfólio.
Passo a passo para investir
- Abra conta em corretora com acesso à B3 e ETFs.
- Escolha o produto: monocripto (QBTC11, QETH11) ou cesta (HASH11).
- Avalie taxas, liquidez e histórico.
- Faça ordens via home broker.
- Acompanhe desempenho e rebalanceie conforme perfil.
Tributação e declaração
ETFs de criptomoedas seguem regras semelhantes às ações: ganhos líquidos em vendas acima de R$ 20.000 no mês são tributáveis e devem ser registrados no IRPF, com pagamento via DARF e controle via informe da corretora. No caso de ETFs à vista, não há distinção na declaração entre cripto e ação.
Considerações finais
O ETF de criptomoedas representa evolução no acesso ao mercado cripto, aliando regulação, praticidade e profissionalismo. É uma opção apropriada para investidores com perfil voltado à renda variável que desejam exposição a bitcoin, ethereum ou cesta de ativos digitais sem lidar com complexidades das exchanges.